domingo, 25 de agosto de 2013

Uma Possível Sustentabilidade


O ar é um recurso natural de extrema importância para a sobrevivência de qualquer espécie. Segundo o seu tempo de reposição na natureza ele é classificado como um recurso renovável, entretanto, devido à ação antropica, o ar pode sofrer grandes danos tornando-o um recurso não mais renovável.
  Cientes desta realidade de dimensões planetária, muitos países assinaram o Protocolo de Kyoto, que estabelece um limite máximo para a emissão de gases poluentes em 1997 e outros foram se ratificando nos anos seguintes entre eles a Alemanha que se comprometeu a alcançar as metas propostas pelo tratado.
O país europeu adotou como medida a ampliação da produção de energias alternativas e o aumento do consumo de combustíveis biológicos na redução das emissões de dióxido de carbono.
 Como alternativa o governo Alemão passou a alimentar as redes de abastecimento de gás com um maior percentual de biogás que atende a calefação destinada às residências , obrigando os novos edifícios a usarem energia renovável na produção de energia elétrica e auxiliando as construções antigas. Inseriu no cotidiano das pessoas o uso da bicicleta ao invés do carro, criando toda uma estrutura viável para o uso deste transporte.


  Um exemplo da aplicação de programas eficientes voltados para a sustentabilidade é Freiburg uma cidade localizada no sudeste da Alemanha com aproximadamente duzentos mil habitantes, sendo considerada um centro de excelência em qualidade de vida pelo seu design urbanístico e pelo seu espírito ecológico, onde o número de bicicletas é o dobro do de automóveis registrados e quase não há estacionamento para esses veículos na cidade, devido a esta atitude foi possível verificar nos medidores de poluição o índice zero em monóxido de carbono. 
 
Conhecida como a cidade mais verde do planeta, Freiburg investe em energia limpa, são quase quatrocentos metros de captadores fotovoltaicos que produzem eletricidade através da luz do sol, a usina é regida pelos moradores e os painéis solares muitas vezes chegam a gerar mais energia do que a própria casa consome, o governo incentiva a pratica comprando o excesso de energia produzido e redistribui. Suas construções são projetadas com isolamento térmico o que viabiliza o aproveitamento do calor dispensando o uso de aquecedores elétricos e mantendo a temperatura agradável no verão. 
  São exemplos como estes que refletem concretamente os princípios do Desenvolvimento Sustentável se mostrando eficaz para o meio ambiente e rentável para a economia.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

O problema do lixo

   O lixo gerado pelas residências, industrias, comércios entre outras fontes tornou-se um problema preeminente. O planeta Terra se supri em um sistema fechado, onde o “fora“ não existe. Quando pensamos em descartar os resíduos gerados em nossas casas e o encaminhamos aos caminhões de lixo, não estamos jogando-o fora e sim apenas mudando o problema de lugar, longe da vista de nossos olhos, afinal, como diz o dito popular “o que os olhos não vêem o coração não sente”. 
 Uma solução criativa e altruísta, pelo menos parcial, para os resíduos residenciais é a criação de hortas orgânicas comunitárias, que além de reutilizarem sobra de alimentos, diminuindo o lixo orgânico, na criação de adubos por meio de técnicas de compostagem, também contribuem para a conscientização do uso solo sem a adição de agrotóxicos que são nocivos a saúde humana e a saúde da terra, pois poluem o solo e a água, se disseminando de forma descontrolada pelo meio ambiente. 
  Na natureza nenhuma planta precisa de adubos e nada é considerado lixo. Tudo está inserido em um ciclo onde a matéria orgânica produzida pelas plantas e animais é decomposta e volta a servir de alimento  para a flora e a fauna. Mais de 60% do lixo produzido é matéria orgânica e acaba indo para os aterros sanitários, com um altíssimo custo financeiro e ambiental, tornando algo passível de reaproveitamento em um dos maiores vilões ambientais.
  As composteiras podem ser feitas de várias formas, através de caixas comercializadas que são específicas para a técnica, em tonéis ou simplesmente cavando um buraco fundo na terra, e ir adicionando cascas de legumes, restos de frutas, talos de folhas, depois cobri-las com folhas secas e terra por cima. Pode-se utilizar este adubo natural, misturando com um tanto a mais de terra para nutrir ainda mais o solo que servirá de base para a plantação ou plantando uma arvore no próprio buraco onde a composteira  se deu.

   Além da relatada contribuição para a destinação do lixo orgânico, as hortas comunitárias são de extrema importância no processo de conscientização da população  em termos de sustentabilidade, diminuindo desta forma o consumo de produtos cheio de agrotóxicos, forçando a inovação da agricultura, criando hábitos sustentáveis em crianças que acompanham o processo do plantio desde sua origem e criando responsabilidade social com o lixo que é gerado individualmente.




segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Um pouco do Fluxo de energia


                                 

    Todos os seres vivos precisam de energia para viver, para realizar seus processos básicos. A maior fonte de dos ecossistemas encontrados na natureza vem do Sol.
Nem todos os seres vivos tem a capacidade de transformar a energia luminosa do sol em energia química, para que esta realize por exemplo, a quebra do aminoácidos, fundamental para a manutenção dos organismos vivos.

Aos seres que fazem essa transformação da energia solar damos o nome de PRODUTORES. Os produtores são seres AUTÓTROFOS, pois produzem seu próprio alimento, por meio da fotossíntese produzindo moléculas orgânicas a partir de inorgânicas, obtendo energia necessária para seus processos vitais, como as plantas, as algas e as bactérias.
Os HETERÓTROFOS são seres que não tem a capacidade de produzir seu próprio alimento, obtendo energia se alimentando de outros seres vivos, como os animais, fungos e bactérias não fotosintetizantes, também chamados de CONSUMIDORES, podendo ser primário, secundário, etc de acordo com a proximidade do produtor.

A esta sequência unidirecional, na qual flui a energia obtida inicialmente do sol pelos seres fotossintetizantes, damos o nome de cadeia alimentar, sendo os autótrofos ou produtores a sua base e os heterotróficos ou consumidores os demais níveis.
Quando algum ser vivo morre, os DECOMPOSITORES, fungos e bactérias, transformam a matéria orgânica em inorgânica disponibilizando-as novamente para os produtores, observando-se assim um fluxo de energia unidirecional.
Entretanto, a energia que é transmitida de um nível trófico para outro é sempre menor que a do nível anterior, por conta da perda de energia neste processo. O produtor não repassa toda a energia produzida, pois parte desta fica retida para a manutenção do mesmo, reproduzindo este fato em todos os demais níveis.
Por conta desta perda de energia o numero de elos em uma cadeia alimentar é limitado. Ao se verificar a presença de um animal no topo da cadeia podemos inferir que os outros níveis tróficos estão presentes.
A ausência de alguns desses elos na cadeia alimentar causa grandes desequilíbrio para o ecossistema do qual fazem parte, afetando muitas vezes, outros ecossistemas.
A Ação antrópica pode interferir de maneira negativa na cadeia alimentar afetando diversos ecossistemas, se não for feita de forma sustentável.

Podemos evidenciar essa afirmativa quando observamos um caso bastante conhecido em Bragança Paulista, os das capivaras que se mudaram para o Lago do Tabõao.
As capivaras são roedores que costumam viver em regiões as margens de rios e lagos pois utilizam a água como esconderijo dos predadores por conseguirem se manter por alguns minutos submersas e se alimentam de capins, ervas e outros tipos de vegetação encontradas a beira dos rios e lagos.
Por conta do avanço imobiliário na região bragantina, as capivaras, que habitavam em sua maioria uma fazenda que foi transformada em loteamento, foram expulsas de  seu habitat natural, por conta das maquinas e grande movimentação, procurando refugio no ambiente antrópico em um lago na entrada da cidade de Bragança Paulista.



A capivara teve seu ecossistema modificado pela ação humana e esse desequilíbrio afetou o ecossistema da cidade. No começo vieram apenas umas dez ou doze, mas foram se reproduzindo chegando hoje a uma população em media de quarenta. Perambulam livremente pelas avenidas ao redor do lago, causando acidentes de transito, mas o temor é pela febre maculosa transmitida pelo carrapato que se encontra na capivara. Há casos de duas pessoas afetadas pela doença em uma outra cidade a sessenta quilômetros de distancia quem também havia sido invadido por estes roedores e em Bragança também.


A burocracia entre decidir o que fazer com as capivaras e o efetivo é longa. Há a preocupação delas desequilibrarem outros ecossistemas para ondem forem transferidas. A ineficiência dos órgãos públicos também se faz notar nestes casos.

Teria sido mais fidedigno ter sido feito um remanejamento prévio destes animais antes de destruírem seu habitat, transferindo o problema e podendo ter como consequência uma epidemia de febre maculosa, por conta dos processos antrópicos feitos sem ser de forma sustentável.

Podemos notar em um primeiro momento, por conta deste acontecido, dois ecossistemas desequilibrados, podendo terem sido afetados muitos outros.