segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Um pouco do Fluxo de energia


                                 

    Todos os seres vivos precisam de energia para viver, para realizar seus processos básicos. A maior fonte de dos ecossistemas encontrados na natureza vem do Sol.
Nem todos os seres vivos tem a capacidade de transformar a energia luminosa do sol em energia química, para que esta realize por exemplo, a quebra do aminoácidos, fundamental para a manutenção dos organismos vivos.

Aos seres que fazem essa transformação da energia solar damos o nome de PRODUTORES. Os produtores são seres AUTÓTROFOS, pois produzem seu próprio alimento, por meio da fotossíntese produzindo moléculas orgânicas a partir de inorgânicas, obtendo energia necessária para seus processos vitais, como as plantas, as algas e as bactérias.
Os HETERÓTROFOS são seres que não tem a capacidade de produzir seu próprio alimento, obtendo energia se alimentando de outros seres vivos, como os animais, fungos e bactérias não fotosintetizantes, também chamados de CONSUMIDORES, podendo ser primário, secundário, etc de acordo com a proximidade do produtor.

A esta sequência unidirecional, na qual flui a energia obtida inicialmente do sol pelos seres fotossintetizantes, damos o nome de cadeia alimentar, sendo os autótrofos ou produtores a sua base e os heterotróficos ou consumidores os demais níveis.
Quando algum ser vivo morre, os DECOMPOSITORES, fungos e bactérias, transformam a matéria orgânica em inorgânica disponibilizando-as novamente para os produtores, observando-se assim um fluxo de energia unidirecional.
Entretanto, a energia que é transmitida de um nível trófico para outro é sempre menor que a do nível anterior, por conta da perda de energia neste processo. O produtor não repassa toda a energia produzida, pois parte desta fica retida para a manutenção do mesmo, reproduzindo este fato em todos os demais níveis.
Por conta desta perda de energia o numero de elos em uma cadeia alimentar é limitado. Ao se verificar a presença de um animal no topo da cadeia podemos inferir que os outros níveis tróficos estão presentes.
A ausência de alguns desses elos na cadeia alimentar causa grandes desequilíbrio para o ecossistema do qual fazem parte, afetando muitas vezes, outros ecossistemas.
A Ação antrópica pode interferir de maneira negativa na cadeia alimentar afetando diversos ecossistemas, se não for feita de forma sustentável.

Podemos evidenciar essa afirmativa quando observamos um caso bastante conhecido em Bragança Paulista, os das capivaras que se mudaram para o Lago do Tabõao.
As capivaras são roedores que costumam viver em regiões as margens de rios e lagos pois utilizam a água como esconderijo dos predadores por conseguirem se manter por alguns minutos submersas e se alimentam de capins, ervas e outros tipos de vegetação encontradas a beira dos rios e lagos.
Por conta do avanço imobiliário na região bragantina, as capivaras, que habitavam em sua maioria uma fazenda que foi transformada em loteamento, foram expulsas de  seu habitat natural, por conta das maquinas e grande movimentação, procurando refugio no ambiente antrópico em um lago na entrada da cidade de Bragança Paulista.



A capivara teve seu ecossistema modificado pela ação humana e esse desequilíbrio afetou o ecossistema da cidade. No começo vieram apenas umas dez ou doze, mas foram se reproduzindo chegando hoje a uma população em media de quarenta. Perambulam livremente pelas avenidas ao redor do lago, causando acidentes de transito, mas o temor é pela febre maculosa transmitida pelo carrapato que se encontra na capivara. Há casos de duas pessoas afetadas pela doença em uma outra cidade a sessenta quilômetros de distancia quem também havia sido invadido por estes roedores e em Bragança também.


A burocracia entre decidir o que fazer com as capivaras e o efetivo é longa. Há a preocupação delas desequilibrarem outros ecossistemas para ondem forem transferidas. A ineficiência dos órgãos públicos também se faz notar nestes casos.

Teria sido mais fidedigno ter sido feito um remanejamento prévio destes animais antes de destruírem seu habitat, transferindo o problema e podendo ter como consequência uma epidemia de febre maculosa, por conta dos processos antrópicos feitos sem ser de forma sustentável.

Podemos notar em um primeiro momento, por conta deste acontecido, dois ecossistemas desequilibrados, podendo terem sido afetados muitos outros.



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